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Vida a dois e seus aspectos II

Em meu artigo neste jornal Correio Popular, abordei alguns aspectos da vida a dois. Aproveitando o mês de Agosto, dedicado pela Igreja do Brasil a refletir mais sobre as vocações, gostaria de continuar a reflexão desenvolvendo outros componentes constitutivos da vida conjugal. A vida a dois não pode ser sustentada pelos filhos. É muito comum […]

4/08/2012

Em meu artigo neste jornal Correio Popular, abordei alguns aspectos da vida a dois. Aproveitando o mês de Agosto, dedicado pela Igreja do Brasil a refletir mais sobre as vocações, gostaria de continuar a reflexão desenvolvendo outros componentes constitutivos da vida conjugal.

A vida a dois não pode ser sustentada pelos filhos. É muito comum se ouvir: “Fico com ele (a) por causa dos nossos filhos”. Não pode ser. Toda vocação tem por objetivo a realização e a felicidade. O casamento visa a felicidade do outro sem solapar a minha felicidade. Além disso, os filhos ficarão adultos e terão suas vidas autônomas. Serão independentes dos pais. Aí acontece um desmoronamento. O alicerce de sustentação do casamento, de repente, deixa de existir quando os filhos se lançam em busca de seus sonhos. Ou seja, trocando em miúdos, o casamento deve ter como parâmetro o outro, o esposo, a esposa e não terceiros.

Muitas vezes casais novos sofrem uma interferência externa: pai, mãe, sogro, sogra, etc… É preciso que o casal delimite seu espaço para que aos poucos aqueles que se intrometem se coloquem em seus devidos lugares. Em outros casos, faz-se necessário que o companheiro leve o outro a “cortar” o cordão umbilical. Ou seja, leve o outro a perceber da necessidade de ter uma vida independente de seus pais.

Outro aspecto importante na vida a dois é o respeito. A falta de respeito pelo outro mina a vida conjugal; isso leva à falta de entendimento, brigas constantes, ausência de cumplicidade e infidelidade.

O problema do machismo ainda é um aspecto negativo na vida a dois. Em tempos de igualdade de gêneros, ainda é comum, muitos homens se sentirem diminuídos quando a mulher possui mais rendimentos que o homem. É inaceitável em pleno ano 2012, uma conduta e mentalidade tão retrógradas como essas.

Nesse sentido é importante que o casal, nestes tempos de correria e desassossego, encontre tempo para sair da rotina para um momento de vivência a dois. Ao menos uma vez por semana é preciso encontrar um tempo para nutrir uma espiritualidade e celebrar a vida a dois. Alimentar o sentimento pelo outro. Frequentar um ambiente diferente dos normais, namorar em um lugar diferente dos habituais, ir a um bom restaurante para uma boa conversa; sempre lembrando que minha união conjugal é por causa do outro e não por terceiros.

Vale ainda um último lembrete importante para a vida conjugal. Às vezes a mudança tão exigida do outro precisa acontecer antes em mim.

 

Pe. Victor Silva Almeida Filho

Vigário paroquial da Paróquia Divino Salvador

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