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O Sínodo para a Amazônia, compromisso com as populações vulneráveis

A Cáritas Campinas, com sede no Centro de Pastoral Pio XII, teve o prazer de receber para a palestra “O Sínodo para a Amazônia, compromisso com as populações vulneráveis”, o Padre José Oscar Beozzo, que também é historiador e participou do Sínodo. Entre as questões abordadas, Pe. Beozzo ressaltou que hoje vivemos um período parecido […]

16/11/2019

A Cáritas Campinas, com sede no Centro de Pastoral Pio XII, teve o prazer de receber para a palestra “O Sínodo para a Amazônia, compromisso com as populações vulneráveis”, o Padre José Oscar Beozzo, que também é historiador e participou do Sínodo. Entre as questões abordadas, Pe. Beozzo ressaltou que hoje vivemos um período parecido com a época em que a vida da humanidade era ameaçada. E se no passado a preocupação eram as guerras nucleares, hoje a preocupação é a questão climática. Por isso, diante dos recursos naturais cada vez mais escassos e das mudanças provocadas pelo aquecimento global, é necessário um pacto da humanidade pela sobrevivência dela mesma, já que a Terra não precisa de nós, mas nós precisamos da Terra. Quatro anos atrás, a pedido de bispos do Brasil, o Papa Francisco convocou o Sínodo da Amazônia, para buscar os caminhos de uma ecologia integral, ou seja, que considere o ambiente e o homem e a mulher que dele dependem. Portanto, ao contrário do que muitos pensam, essa convocação não foi em função do aumento recente das queimadas na Amazônia. O Sínodo toca na questão da sobrevivência humana em meio à crise ambiental em que vivemos. O Sínodo foi um momento de escuta das populações direta ou indiretamente atingidas por essa crise. Foi também um apelo à conversão em três dimensões – a pastoral, a ecológica e a sinodal, que englobe a Igreja não só do Brasil, mas da chamada Pan Amazônia. Foram feitas assembleias com participação ampla de leigos, leigas, indígenas, ribeirinhos e bispos. Destaque para participação das mulheres, que são muito ativas nas questões sociais dessa região, chamadas até de guardiãs da Amazônia. Elas conciliaram uma linguagem propositiva, ao mesmo tempo que poética, para denunciar a violência e omissão da sociedade no enfrentamento e debate de problemas relacionados à Terra, vista por elas não como mercadoria, mas sim como casa comum. Pe. Beozzo ressaltou ainda que nós, povos não amazônicos, também dependemos da Amazônia, em função dos chamados rios aéreos, as massas de ar que interferem no regime de chuvas. Sem elas, já viveríamos num deserto no Estado de São Paulo e em outras regiões também. Disse ainda que as divisões que existem dentro da Igreja foram observadas e sentidas no Sínodo, e para enfrenta-las é preciso muita união, já que é preciso sempre perguntar: A quem interessa a divergência? O que ela produz? Que novos caminhos aponta? “O caminho, resume Beozzo, se constrói na comunhão e na conversão. Não há solução fácil”. Um chamado para todos nós que habitamos uma só casa, a casa comum. Em outubro houve ainda a celebração do Pacto das Catacumbas pela casa comum. Nesse Pacto, é assumido o compromisso por uma Igreja com rosto amazônico, pobre e servidora, profética e samaritana. A participação de Pe. Beozzo na palestra do dia 11 de novembro fez parte da Semana da Solidariedade, promovida pela Cáritas, Área Sócio Transformadora da Arquidiocese de Campinas e CNBB, dentro das atividades da Terceira Jornada Mundial dos Pobres, convocada pelo Papa Francisco.

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