NATAL 2012 O ambiente que nos envolve, os meios e redes de comunicação que nos bombardeiam anunciam o Natal, é verdade; contudo, tantas vezes oculta-se o seu sentido mais profundo, o coração da festa. O relato do Evangelho de Lucas, porém, conta-nos que na escuridão da noite resplandece a claridade de uma luz, é a […]
24/12/2012
O ambiente que nos envolve, os meios e redes de comunicação que nos bombardeiam anunciam o Natal, é verdade; contudo, tantas vezes oculta-se o seu sentido mais profundo, o coração da festa.
O relato do Evangelho de Lucas, porém, conta-nos que na escuridão da noite resplandece a claridade de uma luz, é a glória do Senhor. E a noite fica toda iluminada. Os pastores dos campos de Belém se enchem de temor, mas o anjo os acalma: “Não temais! Trago-vos a Boa Nova, uma grande alegria para todo o povo”.
Não se trata de qualquer alegria, mas da grande e inconfundível alegria: Nasceu-vos hoje o Divino Salvador.
Este é o motivo verdadeiro e original de nossas festas, confraternizações e ceias…
Em meio a congratulações, presentes, luzes e árvores contemplamos o Menino deitado numa manjedoura. Enquanto não há lugar para Ele na cidade de Belém, em Maria, a mãe e em José, o pai, Ele encontra acolhida e proteção comoventes. Envolvido em panos e deitado mansamente numa manjedoura.
Ó admirável mistério! Na fragilidade indefesa desta criança recém-nascida revela-se o mistério oculto de Deus. Assim, Deus não desperta nenhum temor, mas muito amor!
Em companhia dos pastores vamos a Belém e encontramos um Deus muito próximo de nós reclinado na pobreza e despojamento de uma manjedoura. Este é o sinal.
Deus é absolutamente gratuito. Um Dom. Uma graça. Não se deixa comprar por dinheiro nenhum. Deus é bom, por isso, é mais facilmente reconhecido e encontrado por aqueles que sabem amar-se como irmãos do que pelos que vivem egoisticamente fechados em seu bem-estar. Quem está cheio de si e satisfeito com seus bens materiais, não tem lugar para esse Menino. Ele vai incomodar.
O Natal encerra um segredo… Ele oferece-nos a chave para decifrar o mistério último de nossa existência. Oferece-nos luz para as grandes questões: do sofrimento, das angústias, da morte…
A chave não consiste em explicações mas na realidade de um Deus que assume plenamente nossa condição humana, desde o nascimento até a morte.
Deus não tem mais nada a dizer. Tudo o que tinha a dizer disse pela Palavra que se fez carne e veio morar entre nós (Jo 1,14)
Deus compartilha nossa vida e com Ele podemos caminhar confiantes.
“Nós o imaginamos forte e poderoso, majestoso e onipotente, mas Ele se nos apresenta na fragilidade de um menino, nascido na mais absoluta simplicidade e pobreza. Nós o colocamos quase sempre no extraordinário, no prodigioso e no surpreendente, mas Ele se nos apresenta no cotidiano, no normal e no ordinário. Nós o imaginamos grande e longínquo, e Ele se nos torna pequeno e próximo.” (A. Pagola)
Nosso Deus não é um Deus desencarnado, longínquo e inacessível. É um Deus feito Homem. Um Deus que pode ser tocado sempre que tocamos o humano.
Irmãos e irmãs, nesta noite santa, a luz de Deus brilhou para toda a humanidade na pessoa do seu Filho. Nele, nossa história humana foi amada e elevada por Deus à condição filial. Celebrando a Eucaristia, reunidos pelo Espírito em torno da Palavra do Pão e do Vinho, elevamos nossa imensa gratidão ao Deus que nos salvou a partir da nossa natureza humana. Fortalecidos pela esperança e alegria que o Natal gera em nós, sejamos testemunhas da solidariedade divina e da amizade que Deus nos tem. (Subsídio – BH)
Feliz e Santo Natal a todos vocês e às suas famílias.
Pe. José Arlindo de Nadai Pároco Paróquia Divino Salvador
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