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Migrantes: um lugar para viver em paz!

Artigo Pe. Nadai - Correio Popular 09/01/2018

9/01/2018

Desde 1967, por iniciativa do Papa Paulo VI, celebra-se no 1º. de janeiro, o Dia Mundial da Paz. Neste ano de 2018, a Mensagem do Papa Francisco tem como tema: “Migrantes e Refugiados: homens e mulheres em busca da Paz!”

A mensagem começa com votos e preces de Paz a todas as pessoas e a todas as nações da terra. Em verdade a paz é condição essencial e indispensável para uma vida digna e tranquila das pessoas, famílias e nações.

A paz foi sempre uma grande aspiração humana. Contudo, hoje são 250 milhões de migrantes, dos quais 22 milhões são refugiados em busca da própria sobrevivência e de suas famílias. São homens, mulheres e crianças que buscam, perigosamente, um lugar para viver em paz. Como vemos, diariamente, eles enfrentam longas viagens, perigos, riscos e todo tipo de sofrimento e privações, para, tantas vezes ao fim esbarrarem com cercas de arames farpados ou muros instransponíveis… Então, mais dor, decepção e desesperança…

Por que os migrantes deixam suas casas, suas cidades e seus países de origem? Essa decisão já é uma primeira e profunda dor, pois a casa e a cultura são como que nossa segunda pele. Sem dizer que implica em fratura ou fragmentação familiar, pois idosos e doentes acabam ficando para trás.

Os migrantes fogem da guerra, da fome, de perseguições, da pobreza e também da degradação ambiental que atinge suas vidas. E, mais terrivelmente ainda, de genocídios e da “limpeza étnica”, como tem ocorrido em países da África e recentemente em Mianmar com a perseguição à população Rohingyas, por razões religiosas, entre outras. Enfim, é a busca  esperançosa por uma vida melhor, diante do desespero de uma vida sem perspectiva nenhuma de futuro. Trata-se do direito ao trabalho, à terra e ao teto.

Em sua mensagem o Papa Francisco faz um apelo humanitário aos governos das nações e a todos os homens e mulheres de boa vontade no sentido de ações concretas: acolher, promover, proteger e integrar os migrantes e refugiados. Por exemplo, legalizar a entrada e a estadia, não repelindo; reconhecer a dignidade das pessoas humanas, abrigar os mais vulneráveis, como crianças e idosos; a instrução, o ensino da língua e valorizar o diálogo intercultural; facilitar a participação dos que chegam, eles são portadores de competências, valores e podem colaborar com seu trabalho na sociedade que os acolhe. Os migrantes, em geral, são gente de coragem, criatividade e tenacidade.

A família humana é única. Os bens da terra têm um destino universal, daí o clamor urgente de solidariedade e de justa partilha. “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Lc 9,13).

“Se o sonho de um mundo em paz é partilhado por tantas pessoas, se se valoriza o contributo dos migrantes e refugiados, a humanidade pode se tornar família de todos e a terra uma real casa comum” (Papa João Paulo II)

A Igreja no mundo inteiro, a começar de Roma, participa intensamente no acolhimento e a diversos tipos de apoios aos imigrantes e refugiados através das Pastorais Sociais e da Cáritas. Na capital de S. Paulo a Cáritas mantém um organizado e eficiente serviço para esse fim, bem como a Paróquia N. Sra. da Paz, dos padres da missão junto aos Migrantes. Em Campinas existem igualmente iniciativas das Igrejas, por exemplo na Paróquia Jesus Cristo Libertador no Jardim Florence, para o acolhimento e apoio aos Haitianos, e poder público.

O Brasil é, historicamente, um país formado por migrantes vindos dos vários continentes, especialmente da Europa, Ásia e África. Nos últimos anos têm chegado entre nós haitianos, venezuelanos, sírios e ainda muitos africanos.

“Já não sois estrangeiros nem imigrantes… sois convidados da casa de Deus.”

Pe. José Arlindo de Nadai – Paróquia Divino Salvador

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