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É assim que Deus nos surpreende! (Pe Nadai)

Natal do Senhor, 2015

28/12/2015

HOMILIA DO NATAL DE JESUS DIVINO SALVADOR – 2015

Hoje, em todo o mundo, as Igrejas de tradição cristã celebram o nascimento de Jesus Cristo, Filho de Deus em nossa condição humana!

Ele entra na história humana pela porta de uma família, a família de Nazaré: Jesus, Maria e José. O nome do menino é Jesus que significa, Deus-conosco ou Deus salva. Por isso, Divino Salvador!

O Menino é acolhido, alegremente, pelos pastores que, durante a vigília da noite guardavam seus rebanhos nos campos de Belém e são surpreendidos pela Boa Notícia do anjo do Senhor: “Hoje , na cidade de Davi, nasceu para vós, um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido, envolto em faixas deitado numa manjedoura” (Lc 2, 10-11)

É assim que Deus nos surpreende!

O sinal indicado pelos anjos – um bebê deitado numa manjedoura – nos surpreende pela sua simplicidade, singeleza e despojamento. Por isso mesmo é muito significativo e eloquente.

Jesus não nasce em Jerusalém, a grande cidade, mas numa cidadezinha: Belém de Judá, quase perdida.

Jesus não nasce em palácio algum, mas numa gruta, num presépio, pois não encontraram lugar na pousada.

Assim se revela e se manifesta o rosto da misericórdia de nosso Deus, o Abbá! Pai, que a uns surpreende, a outros escandaliza e a outros, ainda, encanta!

O sinal indicado pelo anjo do Senhor – uma criancinha deitada numa manjedoura – se completa com canto dos anjos que ecoa pelos campos dos pastores: glória a Deus e paz a toda a Humanidade!

Aquele voto de paz proclamado pelos anjos, hoje se torna um clamor pela paz! Paz entre os povos e nações… Paz na própria terra de Jesus, entre israelenses e palestinos… Paz entre as grandes religiões do mundo: judaísmo, islamismo e cristianismo… Paz na Igreja Católica entre aqueles que lutam por uma Igreja “em saída” que vá ao encontro do povo lá onde vive e aqueles que querem uma Igreja conservadora, como se fosse um museu… Paz para nossa sociedade brasileira, inclusive entre os poderes instituídos, que deveriam promover a justiça e o direito de todos os cidadãos, igualmente. Paz em nossas famílias… Paz também em nossa vida pessoal.

O sinal que indica e marca o nascimento do Menino resplandece nos céus e põe a caminho de Belém, magos que viram sua estrela surgir e brilhar no oriente.

Portanto, irmãos e irmãs, o Natal manifesta por sinais sensíveis e visíveis a irrupção (o surgimento) de Deus na História Humana – Deus-conosco – que cumpre fielmente sua promessa de que o “Povo que andava nas trevas haveria de ver uma grande luz… e que um Menino haveria de nascer e receberia o nome de Conselheiro admirável… Príncipe da paz (cf Is 9)

Enfim, a celebração do Natal de Jesus não é simplesmente uma recordação histórica, comemoração de seu aniversário, não! Mas sim um “memorial”, um Sacramento que torna presente e atualiza o mistério celebrado, incluindo-nos e envolvendo-nos nele. “Hoje realiza-se o maravilhoso encontro que nos dá vida nova em plenitude… Ao tornar-se Ele um de nós, nós nos tornamos filhos e filhas do Abbá! Pai! Hoje nova luz de sua glória brilha para nós e nos faz eternos! (Prefácios do Natal)

Celebremos com fé, com alegria e renovada esperança a festa no Natal em nossas famílias, na Comunidade, em profunda comunhão e fraterna solidariedade com todos os homens e mulheres de boa vontade, dispersos pelo mundo inteiro!

Feliz Natal!

Pe. José Arlindo de Nadai

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