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Ciclo de Estudo | Igreja e Sociedade: Fé e Vida em tempo de Pandemia

O tema será "Igreja e Sociedade: Fé e Vida em tempo de Pandemia" e será ministrado pela professora Cristiane Vali, diretora da faculdade de psicologia da PUC, e o padre José Antônio Boareto, da Diocese de Bragança Paulista.

14/10/2021

 

Dias 19 e 21 de outubro, terça e quinta da próxima semana, às 19h30, acontece um novo Ciclo de Estudo promovido pela Paróquia Divino Salvador.

O tema será “Igreja e Sociedade: Fé e Vida em tempo de Pandemia” e será ministrado pela professora Cristiane Vali, diretora da faculdade de psicologia da PUC, e o padre José Antônio Boareto, da Diocese de Bragança Paulista.

O evento será ao vivo e transmitido pelo Facebook da Paróquia

 

Igreja e Sociedade: Fé e Vida em tempo de Pandemia

19 e 21/10, às 19h30
Ao vivo pelo Facebook da Paróquia

 

EMENTA: Tempo de “curar as feridas” pós-pandemia.

Papa Francisco ensinou-nos que desta pandemia poderíamos sair mais humanos ou indiferentes. O covid-19 nos fez compreender que somos uma humanidade só. Segundo o Cardeal Raniero Cantalamessa o vírus do covid-19 “invisível” provocou o ser humano a reconhecer o seu delírio de onipotência. O desafio do bem comum demonstrou-se diante da urgência de produção de vacinas e a política negacionista por parte de muitos países. A desigualdade planetária acentuou-se e a política internacional não conseguiu dirimir os efeitos da globalização da indiferença que se fez sentir na política de imunização. Países ricos fizeram acordos com farmacêuticas comprando excedente de vacinas, deixando países pobres excluídos deste direito. Papa Francisco denunciou a falta de subsidiariedade e solidariedade dos países ricos. Em nosso país a CNBB afirmou junto com instituições da sociedade um Pacto pela Vida e pela Democracia diante da violação de direitos humanos realizada pelo Estado brasileiro, no que tange a negação de subsídios às comunidades indígenas e o escasso auxílio emergencial. A situação de desemprego deixou 20 milhões de pessoas sem trabalho. A política de negacionismo foi alvo de CPI. Passamos de 600 mil mortos por covid-19 e este número é resultado da falta de operacionalidade do Estado em promover política de saúde pública a favor das exigências sanitárias e imunização de vacinas. Esta realidade causou enorme sofrimento às pessoas. Muitas famílias enlutadas, desempregadas, pessoas comprometidas em sua saúde mental, outras sofrendo com as sequelas do vírus. Todas estas situações levam-nos a constatar que a humanidade está ferida e ela precisa de misericórdia. A misericórdia como expressão da ternura. Precisamos curar as feridas. Diante da indiferença para com os pobres e excluídos que estão a sofrer com as consequências da pandemia, faz-se urgente que nos aproximemos deles tocando em sua carne ferida pela fome, luto, desemprego, preconceito, discriminação, enfim, ir as periferias existenciais. Neste momento, pós-pandêmico, recordamos as palavras do Papa Francisco aos sacerdotes mexicanos, convidando-os a serem homens da ternura. Por ocasião do Dia Mundial dos Avós, o Papa Francisco afirmou que o carinho precisa tornar-se uma maneira de ser. Cardeal Tolentino tem ensinado-nos sobre a importância da atenção, a partir da reflexão que faz Simone Weil. A atenção leva-nos a uma melhor percepção do outro como outro. E nesse encontro com o outro real, que coloca-se diante de mim com seu drama existencial sou chamado, sou chamada a agir com misericórdia, isto é, acolher a fragilidade do outro com ternura demonstrando carinho para com quem sofre. Numa sociedade da violência como a nossa, compreender que a força do cristão vem da fraqueza é um escândalo, entretanto, é nessa loucura da cruz que devemos viver, na radicalidade da Ternura que manifestamos em nossa paixão pelo Cristo e pelos pobres. A força está na humildade de servir com compaixão, como aprendemos do Bom Samaritano: viu, sentiu compaixão e cuidou dele. Que possamos ser uma comunidade que “cura as feridas” de tantos irmãos e irmãs que estão sofrendo e através do nosso carinho manifestado deixemo-nos envolver por amor a Cristo e ao seu Evangelho numa cultura de solidariedade para com os pobres e excluídos.

Pe. José Antonio Boareto

 

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