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Homilia | Terceiro Domingo da Quaresma: Deus, pacientemente, espera por nós!

Deus conta com cada um de nós, com as comunidades de Igrejas e pessoas de boa vontade para construir sociedades justas e fraternas, sinal do reinado de Deus já nesta terra e neste tempo.

27/03/2025

Estamos a meio caminho do tempo quaresmal. Na liturgia da Palavra (leituras) retorna, de forma insistente, o convite à conversão: reconciliar-se com o Senhor e com o próximo, bem como, com o cuidado da Casa Comum, através de uma conversão ecológica.

A primeira leitura (Ex 3) apresenta-nos Deus como “aquele que está aí” (Eu sou aquele que sou) que nos criou e nos pode recriar fazendo de nós novas criaturas. Deus vê a aflição do povo… ouve o seu clamor… conhece o seu sofrimento, por causa dos opressores de ontem e de hoje.

Deus não fica indiferente, lá no alto, nas nuvens, mas desce para libertá-lo.

Porém, ontem como hoje, o modo de agir de Deus é através da mediação. Moisés responde ao chamado de Deus: Sim, eu irei aos filhos do povo e lhes direi: “O Deus de vossos pais me enviou a vós” para empreendermos a luta da libertação, da vida de escravos para a vida de povo livre, numa terra boa onde corre leite e mel.

Conhecemos a história bíblica desse acontecimento fundante e constitutivo do Povo de Deus.

Na segunda leitura (1Cor 10), Paulo faz uma breve referência aos acontecimentos da libertação do povo, relatada no Êxodo (1ª. Leit.) dando-lhes um sentido mais pleno, apontando para Cristo, o Emanuel, Deus conosco.

No Evangelho (Lc 13,1-6) continua a chamada para a conversão, apelo recorrente durante toda a Quaresma, desde a quarta-feira de cinzas: “Convertei-vos e crede no Evangelho”.

Esse apelo nos chega neste domingo pela parábola da figueira infértil, plantada no meio da vinha, mas que, ano após ano, preguiçosamente, não produz fruto algum, além de ocupar, inutilmente, o terreno. O mais razoável é cortá-la.

O vinhateiro (agricultor) intercede junto de seu proprietário: vamos dar um tempo à figueira, nova chance. Vamos dedicar-lhe mais cuidado e bom trato.

A figura desse vinhateiro paciente e esperançoso remete-nos a Jesus: “aquele que veio buscar e salvar o que estava perdido”.

Eis o tempo de conversão… Nós temos esse tempo, não temos todo o tempo. O tempo corre veloz.

Escutemos a música de Maria Betânia: Oração ao tempo

“Por seres tão inventivo…
Peço-te o prazer legítimo…
De modo que meu espírito…
Ganhe um brilho definido
Tempo, tempo, tempo
E eu espalhe benefícios.
Tempo, tempo, tempo.”

Estamos no ano do Jubileu da Esperança. Uma esperança ativa, que faz acontecer… esperançar!

Na carta de proclamação do jubileu o Papa Francisco exorta-nos a termos em mente, no coração e nas ações, pessoas e situações submetidas a graves sofrimentos e angústias.

  • Povos e nações em guerras
  • Presidiários e doentes
  • Migrantes, refugiados e exilados
  • Idosos e jovens
  • Pobres e nações empobrecidas
  • Enfim a Casa Comum, a Mãe terra.

Igualmente a Campanha da Fraternidade deste ano nos convoca a uma conversão ecológica!

Deus conta com cada um de nós, com as comunidades de Igrejas e pessoas de boa vontade para construir sociedades justas e fraternas, sinal do reinado de Deus já nesta terra e neste tempo.

Tempo, tempo, tempo…

 

Padre José Arlindo de Nadai

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