Do coração misericordioso de Jesus brota uma palavra de compaixão e amorosa acolhida... estaráS comigo!
24/11/2022
Este é o último domingo do Ano Litúrgico, Tempo Comum. Foram 34 domingos. Em cada um deles celebramos um aspecto do Mistério Pascal de Cristo e nele o mistério de nossa salvação.
No próximo domingo iniciaremos o Tempo do Advento / Natal / Epifania…
Celebramos hoje Jesus Cristo Rei do Universo.
De saída, soa-nos estranho chamar Cristo de Rei, quando Ele recusava até mesmo o título de Mestre…
Fazia questão de se apresentar como Servo e de fato ser o Servidor de todos:
Jesus Cristo é, no sentido bíblico Rei – Pastor do Povo. Ele mesmo disse: Eu sou o Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas, pelo seu rebanho, pelo povo.
A Primeira Leitura apresenta-nos Davi, ainda jovem escolhido pelo Senhor para apascentar o seu povo e mais tarde ungido Pastor e líder do povo de Deus.
Assim, Davi é uma figura bíblica que já remotamente aponta para Cristo. Aliás, Jesus de Nazaré é descendente de Davi. Pertence à linhagem da família de Davi. Filho de José e Maria.
Neste ano o Evangelho de hoje é retirado de Lucas, 23.
Esse estranho Rei tem como trono a cruz… como coroa, uma de espinhos… como manto, a própria nudez… seu cetro são os cravos de suas mãos.
Que Rei é esse?
Dos lábios deste homem sofredor brota uma súplica de confiança, fé e esperança…
Do coração misericordioso de Jesus brota uma palavra de compaixão e amorosa acolhida… estaráS comigo!
O relato do Evangelho de Lucas levantou nosso olhar para contemplarmos Jesus crucificado, nosso Divino Salvador. A mística da cruz, com sua força, de braços abertos abraça todos os crucificados de nossa história. Em seus rostos contemplamos o próprio Rosto do Senhor. Sua dor dói em nós. São:
Ao celebrarmos hoje Jesus Cristo Rei do Universo, longe de nós qualquer ar triunfalista, de poder e glória, bem como, longe de nós qualquer tipo de pessimismo pois, para além da cruz e morte do Senhor, brilha a esperança da Ressurreição.
A vida é que tem a última palavra e não a morte. “Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim ainda que tenha morrido, viverá” (Jo 11,25)
Na Segunda leitura (Col 1,12), Paulo Apóstolo reafirma que Cristo é a cabeça do corpo da Igreja, cujos membros somos nós.
Ora, a sorte e o destino dos membros do Corpo é o mesmo da Cabeça: a glória e coroa da Ressurreição.
Por isso, em toda Celebração Eucarística, cantando professamos:
“Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa Ressurreição. Vinde Senhor Jesus”.
O Reino ou reinado de Jesus Cristo é um reinado da justiça, do amor e da paz, cuja construção e realização cabe também a nós discípulas e discípulos do Senhor, como tarefa e missão, especialmente a vocês leigas e leigos, nos âmbitos ou ambientes em que vivem: família, trabalho, da comunidade e sociedade civil… na política, na cultura, nos Meios de Comunicação Social e tantos outros!
Deus abençoe as leigas e leigos cristãos, em sua presença e missão na Igreja e no mundo! Amém!
Pe. J. A. de Nadai
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