Confiantes no que há de melhor no Ser Humano, demo-nos fraternalmente as mãos para a construção de uma sociedade justa, fraterna e de muita amizade Social.
21/11/2024
Estamos próximos do fim do Ano Civil. E já chegamos ao final do Ano Litúrgico. Logo mais, no primeiro domingo de dezembro, iniciaremos o Tempo do Advento – Natal. Por isso, a celebração de hoje nos coloca diante dos acontecimentos últimos e definitivos da história humana e da vida.
Já na primeira leitura do profeta Daniel, há um chamado à esperança na ressurreição: “Muitos dos que dormem no pó da terra despertarão (acordarão) para a vida eterna” (Dn 12,2)
E o Salmo 15 que faz ressoar (ecoar) essa Palavra continua: “Ó Senhor, sois minha herança… meu destino está seguro em vossas mãos. Minha alma rejubila de alegria e até meu corpo está tranquilo no repouso, pois não ficará entregue à morte e corrupção” (1 e 2)
A mensagem do Evangelho que acabamos de escutar vai na mesma direção da do profeta Daniel.
Apesar das tribulações, a vinda do Filho do Homem (o Cristo, Divino Salvador) é a grande esperança… Ele não vem para condenar, mas para salvar, livrar os (santos e eleitos) que permaneceram fiéis, mesmo na tribulação. Eles ouvirão a sentença final: “Vinde benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Pois tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber. Era forasteiro (estrangeiro, imigrante) e me acolhestes. Estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, preso e vieste ver-me” (Mt 25,34s)
No mesmo Evangelho de hoje, Jesus convida-nos a olhar para a Natureza – na parábola da Figueira – para discernir os sinais dos tempos, os sinais do Reino de Deus…
O Papa Francisco nos chama a atenção para escutarmos a voz profética dos verdadeiros cientistas de nosso tempo. Eles nos alertam quanto à ameaça que põe em risco a vida no Planeta Terra – nossa Casa Comum – por conta da crise climática e ambiental – grande tribulação causada por nós mesmos.
Francisco é um observador privilegiado. Do alto da cúpula da Basílica de São Pedro, em Roma, seu olhar alcança a realidade do mundo inteiro. Observa cuidadosamente nossa Casa Comum.
Suas Cartas Encíclicas: sobre o cuidado da Casa Comum (Laudato si), 2015, e sobre a fraternidade e a amizade social (Fratelli tutti) 2020, são duas janelas através das quais também nós podemos observar essas mesmas realidades e nos deixar tocar por elas!
A tragédia no Rio Grande do Sul, as queimadas no Amazonas e Pantanal; na Espanha as chuvas torrenciais; furacões… A tudo isso somam-se as guerras.
Para este domingo, 17/11/2024, o Papa nos envia uma mensagem sobre o Dia Mundial do Pobres. Entre outras considerações ele nos exorta: “Não afastemos nosso olhar dos Pobres”. Como Deus o faz, também nós escutemos o lamento, a oração dos pobres. “Deus, porque é um Pai atento e carinhoso para com todos, conhece o sofrimento de seus filhos e filhas. Como Pai, preocupa-se com aqueles que mais precisam dele: os pobres, os marginalizados, os que sofrem, os esquecidos! (Msg 4)
Esses têm um lugar privilegiado no coração de Deus, a tal ponto que se “impacienta” enquanto não lhes faz justiça (Cfr Msg, 4).
Confiantes no que há de melhor no Ser Humano, demo-nos fraternalmente as mãos para a construção de uma sociedade justa, fraterna e de muita amizade Social.
Pe. José Arlindo de Nadai
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