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Sonhar de Novo | Pe Nadai

O povo da Bíblia, quando teve que viver, forçosamente em exílio, jamais deixou de sonhar com sua terra, simbolizada na cidade de Jerusalém ou Sião. “Sentados à margem dos rios da Babilônia chorávamos de saudades da nossa terra. Nas árvores que ali se encontravam, tínhamos pendurado as nossas harpas… Como entoar cantos, numa terra estrangeira?”(Sl […]

23/10/2012

O povo da Bíblia, quando teve que viver, forçosamente em exílio, jamais deixou de sonhar com sua terra, simbolizada na cidade de Jerusalém ou Sião.

“Sentados à margem dos rios da Babilônia chorávamos de saudades da nossa terra. Nas árvores que ali se encontravam, tínhamos pendurado as nossas harpas… Como entoar cantos, numa terra estrangeira?”(Sl 136)

O sonho alimentou a esperança da volta, até que se abrissem caminhos floridos em meio ao deserto árido.

A Bíblia, em várias passagens, apresenta duas configurações de cidade: Babilônia e Jerusalém. Babilônia é o símbolo da morte, da exploração, da riqueza acumulada às custas dos espólios da guerra. Babilônia exala o cheiro do enxofre da corrupção e da decadência moral. É o lugar do privilégio de algumas classes sociais favorecidas sobre outras oprimidas e exploradas. Seus rios são poluídos e suas fontes contaminadas…

Jerusalém/Sião é a cidade dos sonhos de paz e prosperidade para todos. É o  símbolo da convivência humana baseada na justiça, no respeito, na solidariedade, na partilha. Nas praças de Sião se come à mesma mesa o pão da dignidade e se bebe o vinho da alegria. De suas fontes brotam águas cristalinas e refrescantes, onde bebem, sem disputa, o lobo e o cordeiro. Pelas ruas de Sião, passeiam com tranqüilidade os velhos com sorriso nos lábios e luz no olhar; e as crianças brincam com segurança, sem riscos e sustos. Elas brincam de roda, de esconde-esconde, amarelinha, pulam corda, rodam pião.

Ora, o sonho dos cidadãos campineiros, é que nossa cidade se torne um espaço onde todos possam bem viver e conviver. Uma cidade cuja configuração geográfica e social não apresente contrastes tão desumanos e chocantes entre pobreza de um lado e riqueza de outro, que na prática se traduz na disponibilidade de acesso aos recursos de educação, saúde, transporte, comércio, lazer, trabalho, ou na ausência deles.

Vamos sonhar de novo o sonho do falecido prefeito Toninho de poder, a qualquer hora do dia ou da noite, passear com sua filha pelas ruas e praças de nossa cidade sem medo e sem risco nenhum.

Vamos votar de forma consciente e esclarecida. Votar é exercer o direito de escolha de um projeto político que favoreça o bem comum. Votar é participar na construção  de uma cidade que acolha e abrigue, de forma justa e segura, todos os moradores.

Vote naquele candidato que, em consciência, você julga honesto, preparado e competente. Cuidado com os profissionais da política que nunca deixam o poleiro.

A omissão tem seu preço. Onde faltam cidadãos honestos, outros ocupam, com esperteza, seu lugar para proveito próprio e de sua turma.

Voto não tem preço, tem consequências.

Pe. José Arlindo de Nadai

Paróquia Divino Salvador

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