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Jesus, Sol invictus

Artigo do Pe. Victor publicado no jornal Correio Popular em 25/12/12

25/12/2012

Jesus, Sol invictus

Hoje 25 de Dezembro celebramos a solenidade de Natal em todo o mundo cristão. É a festa da Encarnação de Deus em nossa humanidade. Deus que se esvazia em nossa fraqueza humana. O Filho deixa o coração do Pai para vir ao encontro de nossa humanidade, diviniza o humano e humaniza divino.

Originalmente em 25 de Dezembro se celebrava a festa do “Sol invictus” – Sol invencível–, uma festa pagã dentro do imenso Império romano. Celebrava-se a “renascimento” do Sol depois do solstício (período em que a Terra se encontra mais longe do Sol) do inverno no hemisfério norte e a retomada de um tempo de luz.

Quando o cristianismo se tornou hegemônico no Império romano, deu-se a substituição do dia do nascimento do deus Sol para o dia do nascimento de Jesus. No século IV, o Papa Leão Magno oficializou a sobreposição-substituição de uma festa por outra conforme está registrado num documento chamado Depositio martyrum de 336 d.C. Ele é o Sol sem fim, luz sem ocaso. Jesus, na “boca” de João, se auto-apresenta como “Luz” (Jo8, 12); em Lucas, saudado como Sol que nos veio visitar (Lc1, 78; Mt4, 16).

Natal é a celebração do Deus que não desiste da humanidade, apesar dos nossos erros e tropeços. Como nos diz a Sagrada Escritura: “uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará de Emanuel, Deus Conosco” (Is7, 14).

Depois de vir ao mundo, envolto em faixas, Jesus é colocado numa manjedoura, gesto que prefigura sua paixão, uma vez que, após sua morte Ele será novamente envolto em faixas e colocado no sepulcro. O Menino recebe a visita de pastores, gente socialmente insignificante na sociedade judaica da época. Guardavam animais nos campos. As primeiras pessoas a visitar o Menino-Deus, são os Pobres, os esquecidos de Israel.

Em sua Encarnação, Jesus nasce como migrante, numa terra distante, na verdade insignificante, de Israel. A Luz do Mundo (Jo8, 12) não nasce em Jerusalém, centro político, militar e religioso da Palestina. Embora sendo ele de condição divina não se apegou a ela, mas se esvaziou a si mesmo, assumindo a condição humana, a condição de servo, e achado em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte e morte de Cruz! (Fl 2, 6-11).

Por isso, Natal é a festa da Luz. As casas, ruas, árvores e pessoas se iluminam. Os Padres da era Patrística bem exemplificaram essa imagem com o Mistério da Lua: todo cristão deve ser como a Lua que não tem luz própria, mas é iluminado por Deus. Estamos no Mundo para refletir, sermos reflexos da Luz de Deus. Vós sois a luz do Mundo (Mt 5,14).

A vocês, leitores do Correio Popular, feliz Natal e um Novo Ano cheio de realizações, felicidades, paz e saúde a todos.

São os nossos sinceros votos e preces.

Pe. Victor Silva Almeida Filho
Vigário paroquial da Paróquia Divino Salvador

 

 

 

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