05/04/2015 - Domingo de Ressurreição - Ano "B"
4/04/2015
1 No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus,
bem de madrugada, quando ainda estava escuro,
e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo.
2 Então ela saiu correndo
e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo,
aquele que Jesus amava,
e lhes disse: ‘Tiraram o Senhor do túmulo,
e não sabemos onde o colocaram.’
3 Saíram, então, Pedro e o outro discípulo
e foram ao túmulo.
4 Os dois corriam juntos,
mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro
e chegou primeiro ao túmulo.
5 Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão,
mas não entrou.
6 Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás,
e entrou no túmulo.
Viu as faixas de linho deitadas no chão
7 e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não posto com as faixas,
mas enrolado num lugar à parte.
8 Então entrou também o outro discípulo,
que tinha chegado primeiro ao túmulo.
Ele viu, e acreditou.
9 De fato, eles ainda não tinham compreendido a
Escritura,
segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
Todos temos verdadeiro pavor da cruz. Com Jesus não foi diferente: suou sangue e pediu ao Pai que se possível o livrasse daquela hora. Porém, sem cruz não há Ressurreição. A Páscoa é a maior festa da Cristianismo, pois, como diz São Paulo “se Cristo não ressuscitou, vã é nossa fé” (ICor 15,14). Todo o silêncio guardado na Liturgia durante a Quaresma, hoje explode em alegria e festa: o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia!
Tão grande é a Festa de hoje, Domingo da Ressurreição, Domingo da Páscoa, que ela se estende por uma semana de semanas, ou seja, quarenta e nove dias, durante os quais ainda podemos desejar “boa Páscoa” para os irmãos na fé. Estende-se até o Pentecostes, no quinquagésimo dia.
Alegremo-nos, regozigemo-nos! Alegrem-se nossos corações pois o Senhor Ressuscitou. A morte foi derrotada e é prenúncio de nossa própria ressurreição no final dos tempos. Ele está no meio de nós, vivo. Podemos senti-Lo. As esperanças renasceram, agora para nunca mais morrerem. Sim, o Senhor Ressuscitou, Ele é o Emanuel, o Deus Conosco, e vive no meio de nós!
A Páscoa de Jesus e nossa.
Os seguidores de Jesus estão aterrorizados. Estão cheios de pavor, pois o Mestre foi condenado e morto numa cruz. Aquele que tanto amou e os ensinou a amar não está mais entre eles. O vazio é doloroso e somente a presença de Jesus poderia preenchê-lo. Não podem mais recorrer aos seus ensinamentos e sabedoria. Não é possível ouvir suas palavras de fogo, percorrer estradas, povoados e cidades anunciado o Reino com Aquele que é o próprio Reino de Deus. Nem vê-lo abençoando os tristes, conversando com os pobres, crianças e enfermos. Ou seja, sua ternura para com todos e o triste flagelo estão na memória de todos.
Os discípulos se trancam em casa, se escondem, fogem de medo, pois podem ter o mesmo fim de Jesus. Com a chegada da noite a escuridão e a tristeza tomam conta dos seus corações. A melhor coisa a fazer é fechar as portas para terem o mínimo de segurança. Estão desorientados, derrotados, desamparados, perdidos.
Porém, algo de extraordinário acontece no primeiro dia da semana, Maria Madalena vai ao túmulo e o encontra vazio. Rapidamente corre para dar a notícia aos discípulos. O medo começa a dissipar-se. Pedro e o discípulo amado de Jesus correm para conferir o testemunho de Maria Madalena. Tudo começa a mudar. A esperança volta ao coração dos discípulos. O Senhor ressuscitou!
A morte na cruz foi a última lição do amor total. Mas somente agora os discípulos entendem e se tornam homens novos, recriados e vivificados por Jesus. A transformação é nítida, estão cheios de entusiasmo. Pedro e o discípulo amado, um de cada vez, entram no túmulo e acreditam que o Senhor venceu a morte. O testemunho de Maria Madalena, Pedro e do outro discípulo é suficiente para a comunidade também se encher de alegria e transformação.
Depois de oito dias, Jesus ressuscitado aparece aos discípulos reunidos. Não condena e nem reprova nenhum deles. Apenas lhes concede a paz e a alegria verdadeira que vem do Espírito Santo. O Senhor está no centro da comunidade. Agora é a hora do recomeço. Repletos do Espírito de Deus são protagonistas do anúncio do Reino.
Hoje, a Igreja e cada um de nós devemos experimentar essa transformação e nos tornar homens e mulheres novos. O Senhor ressuscitado está no meio da nossa comunidade e nos dá a sua paz e o seu Santo Espírito. As nossas portas não devem permanecer fechadas. Não precisamos temer. Somos os seguidores do mestre que venceu a morte, a dor e as trevas. Somos discípulos e missionários de Jesus ressuscitado.
“Aleluia, Alegria minha gente, o Senhor ressuscitou”! Feliz Páscoa!
Padre Claudiney de Almeida
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