(Sob a luz da Palavra de Deus e o Documento de Aparecida)

 Reunião da CPP Ampliada

No último dia 03 de Agosto de 2014, realizou-se no Salão Paroquial dessa Paróquia do Divino Salvador, o encontro da CPP ampliada. CPP é abreviação de “Comissão de Pastoral Paroquial”. Formada por paroquianos comprometidos com a vida da comunidade, atuantes em trabalhos pastorais, é de primeira importância para a vitalidade de uma comunidade cristã comprometida.

O encontro teve início às 08 horas da manhã com um café comunitário, e se estendeu até ao meio dia. O espaço de tempo contabilizado de quatro horas não foi, de maneira alguma, um peso, mas passou relativamente rápido. A alegria da convivência, aliada à sua importância, bem como os assuntos de comum interesse tratados, contribuíram para o sucesso da confraternização.

A reunião foi iniciada com uma palestra do Professor Dr. Pe. Luís Roberto Benedetti, Doutor em Sociologia, um dos grandes expoentes intelectuais de nosso Clero Arquidiocesano de Campinas. Com sua simplicidade e grande capacidade intelectual, Pe. Benedetti contribuiu para a reflexão inicial. Durante aproximadamente uma hora e meia prestigiou-nos com uma exposição descontraída onde tratou dos fenômenos sociais ligados ao fenômeno da urbanização. Logo abaixo, uma tentativa de resumir os assuntos tratados na fala do nosso palestrante.

A urbanização, fenômeno que ocorre na sociedade atual, abrange todos os níveis da relação humana, desde o comercial até o religioso. As relações humanas hoje são formais. Antigamente bastava a palavra empenhada entre as pessoas; hoje, no entanto, tudo tem de passar pela formalidade da documentação, dos contratos assinados como garantias para ambas as partes envolvidas.

Há uma liquidez nas relações, o subjetivismo predomina se pautando pela moda. Quando as pessoas procuram a convivência comunitária, estão em busca de algo mais sólido no que diz respeito às relações humanas.

A paróquia não mais se delimita a um perímetro territorial. O território não mais identifica as pessoas. As pessoas escolhem a comunidade paroquial em que desejam participar, ou mesmo onde buscar “produtos” religiosos. A existência da paróquia, necessária, na prática é somente funcional. Teologicamente o templo da Paróquia é Casa de Deus.

Numa relação comunitária temos a presença do “símbolo” e do “código”. Aquilo que é simbólico aproxima as pessoas, enquanto que aquilo que é ditado pelo código no comportamento, na conduta, nos procedimentos comunitários cria discriminação. Exemplo de simbólico na nossa Paróquia do Divino Salvador, é a festa de São Judas, que não sendo atualmente o padroeiro, um dia já o foi. Hoje a devoção ao Santo ainda permanece forte no coletivo religioso principalmente das pessoas mais idosas, que se recordam, saudosistas, de quando o Santo era então o padroeiro. Com a passagem da Paróquia aos cuidados dos Padres da Congregação dos Salvatorianos, é que passou a se chamar “Paróquia do Divino Salvador”. Na cidade de Campinas temos uma Paróquia São Judas Tadeu, no Bairro Proença, sob os cuidados dos Padres Agostinianos da Assunção.

Já a orientação pelo “Código” se dá quando, por questões de organização, ou mesmo para estar dentro da canonicidade da Igreja, as pessoas são orientadas a buscarem se moldar às exigências necessárias para obterem o “produto religioso” que buscam: casamento, batismo do filho, a primeira eucaristia.

Dentro da urbanidade, as pessoas buscam produtos acabados, e a paróquia não escapa de tornar-se uma fornecedora de “produtos religiosos”. Tá muito em moda a consultoria nos mais diversos campos das necessidades humanas e sociais. Antigamente as pessoas buscavam o pároco, hoje, para os mesmos assuntos buscam o psicólogo.

As comunidades paroquiais enfrentam o desafio de se tornarem “lugares” em contraposição aos “não lugares”.  “Lugares” são os locais onde as pessoas se sentem “em casa”, enquanto que os “não lugares” são vistos como de trânsito, tais como rodoviárias, aeroportos, hotéis. O desafio das paróquias é fazer com que seus membros não apenas “passem” pela Paróquia aos finais de semana, mas queiram “estar” lá reunidos como irmãos, numa convivência gratificante para todos. A igreja não pode ser o lugar onde as pessoas vão buscar produtos religiosos dos “sacramentos” aos fins de semana. No mundo urbano, as relações tendem fortemente a serem formais, evitando-se o afetivo, levando assim as pessoas à solidão e ao anonimato.

A paróquia precisa ter bem clara a sua missão específica como Igreja. Essa missão pode se apresentar nas mais diversas modalidades de ações concretas, desde que tenham sempre um caráter missionário. A Paróquia precisa ser criativa, tendo em vista os três eixos de ação, quais sejam: a formação, a acolhida, e a inserção nos problemas sociais.

Na segunda parte do encontro, foram tratados diversos assuntos relativos às atividades paroquias, ministérios e pastorais. Um representante de cada pastoral expôs os trabalhos que estão desenvolvidos por sua respectiva equipe de pastoral, bem como os planos de ação para o próximo período.

Veja as fotos abaixo:

(Padre Luis Roberto Benedetti)

(Uma assembléia atenta, às palavras do palestrante, Pe. Benedetti)

(A hora do lanche…)

(Luis Mário disse algumas palavras sobre o Sínodo dos Bispos que virá pela frente, cujo tema versará sobre a Família)

(Carmem Ventura, da Pastoral dos Deficientes; e Antônio Camilo Grassi, da Pastoral Familiar)

(Maria Aparecida Zanatta – Tuca – da Pastoral da Saúde, ao lado do pároco, Pe José Arlindo de Nadai)

(Lise Roy, da Equipe de Formação da Paróquia)

(Ana Maria D’Andrea, coordenadora da Iniciação Cristã de Adultos)

(Felipe e Guilherme, representantes do grupo “Divino Jovem”, estiveram dando um colorido especial ao encontro)