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Corpus Christi | Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo

Todos comeram e ficaram satisfeitos.

30/05/2013

Evangelho – Lc 9,11b-17

Naquele tempo: Jesus acolheu as multidões, falava-lhes sobre o Reino de Deus e curava todos os que precisavam. A tarde vinha chegando. Os doze apóstolos aproximaram-se de Jesus e disseram: ‘Despede a multidão, para que possa ir aos povoados e campos vizinhos procurar hospedagem e comida, pois estamos num lugar deserto.’ Mas Jesus disse: ‘Dai-lhes vós mesmos de comer.’ Eles responderam: ‘Só temos cinco pães e dois peixes. A não ser que fôssemos comprar comida para toda essa gente.’

Estavam ali mais ou menos cinco mil homens. Mas Jesus disse aos discípulos: ‘Mandai o povo sentar-se em grupos de cinquenta.’ Os discípulos assim fizeram, e todos se sentaram. Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos para o céu, abençoou-os, partiu-os e os deu aos discípulos para distribuí-los à multidão. Todos comeram e ficaram satisfeitos. E ainda foram recolhidos doze cestos dos pedaços que sobraram.

Palavra da Salvação.

 Homilia

Caríssimos irmãos e irmãs, Paz e Bem!

Celebramos a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, o tema da Aliança une a Liturgia da Palavra desta solenidade. A Aliança estabelecida por Deus com o Povo no Sinal e mediada por Moisés é acompanhada pela aspersão do sangue das vítimas sacrificadas sobre as duas partes da Aliança, Deus simbolizado pelo sacerdote Melquisedec e o Povo, simbolizado pela figura de Abrão. Trata-se de uma Aliança bilateral que ao dom de Deus faz seguir as exigências de uma obediência e atuação da parte do Homem.

O Novo Testamento afirma o cumprimento da Antiga Aliança em Jesus Cristo. A morte de Cristo opera eficazmente o perdão dos pecados que retira o grande obstáculo à obediência às exigências da Aliança. As palavras de Jesus durante a Última Ceia atestam que o seu sangue é o sangue da Novo e eterna Aliança; isto é, que nele e em nenhum outro, se dá a plena obediência a todas as exigências da Aliança e portanto o cumprimento de todos os dons e de todas as promessas de Deus. E atenção: E estes dons e estas promessas já não são restritos apenas para o Povo de Israel, mas são para todos os povos por que de fato o sangue de Cristo é derramado por todos.

O Evangelho escolhido para este ano para a festa de Corpus Christi é a versão lucana da multiplicação dos pães. Sublinha o caráter próprio da Aliança que caracteriza a Eucaristia: o ato de comer o pão e beber o vinho eucarísticos que significam a participação na vida de Jesus, concede-nos entrar na Aliança nova, estabelecida pelo próprio Jesus: “Dai-lhes vós mesmos de comer.” Uma Aliança que devemos sempre entrar de novo por que Ela comporta uma passagem para uma nova e renovada existência marcada pelo Espírito Santo.

Caríssimos a Eucaristia é a síntese perfeita de toda a vida de Jesus. Síntese perfeita de toda a História da Salvação que na Páscoa de Jesus atinge seu ponto máximo. Ora, se é verdade que a Eucaristia é a síntese de toda a vida de Jesus e de toda a História da Salvação, é também verdade que ela é, em Jesus Cristo, oferta da vida de todo fiel que dela participa. O dom da vida de Cristo significado no Pão doado e comido e no Vinho versado e bebido pelos comensais, conduz para uma comunhão de vida com o mesmo Senhor que empenha todos nós, a Igreja, a fazer da própria vida uma vida doada pelos outros. Uma pró-existência. Em outras palavras, a Eucaristia pede que a vida de Cristo, vivida sob o signo do dom, seja a própria vida do crente, do fiel. A Eucaristia empenha toda a Igreja enquanto Comunidade, enquanto corpo a viver integralmente o: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”, como nos recorda São Paulo.

Pe. Victor Silva Almeida Filho – vigário paroquial

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