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Ele curou muitos

6º Domingo do Tempo Comum - com o Artigo do Pe. Nadai no Correio Popular de 12/02/18

12/02/2018

6º Domingo do Tempo Comum

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (1 ,40-45)

Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso.
Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me».
Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo».
No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo.
Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho».
Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.

Meditando a Palavra – Artigo Pe. Nadai

Doença, adoecer, dor e sofrimento são nuanças de uma realidade humana e existencial inescapável. O sofrimento pode ser físico, no corpo, em seus órgãos ou disfunções; psíquico, mental, emocional, por exemplo a dor de uma perda importante, o luto. O sofrimento espiritual, da alma, por exemplo a falta de sentido para a vida, a solidão profunda, o vazio interior, o sentimento de não valor pessoal, a depressão. São algumas, entre outras, dimensões do sofrimento. Todavia é sempre o sujeito humano que sofre, por inteiro.

Certa vez ouvi: amigo, viver dói, existir dói muito! Pode ser que você, pessoalmente ainda não tenha experimentado nenhuma espécie de sofrimento. Contudo, não poderá dizer, em sã consciência que jamais viu alguém sofrer, seja no seu círculo familiar, seja no dos amigos ou colegas de trabalho. Então, certamente você já participou minimamente de alguma situação de sofrimento. Não dá para fechar os olhos e fingir que não vemos as vítimas das guerras, do terror, das drogas, do tráfico humano e de todo tipo de violência no campo e na cidade, inclusive em nosso País. Tanto é verdade que a Campanha da Fraternidade da Igreja Católica, neste ano será: “Fraternidade e superação da violência”. Acompanhe e participe!

Ora, o Jesus de Nazaré que encontramos no Evangelho de Marcos, que está sendo lido, aos domingos desse ano, é o Jesus que cura os enfermos, sara as mentes perturbadas, perdoa os pecadores e expulsa os espíritos maus. É o Jesus que liberta e salva. É o Jesus apaixonado pela vida. Ele irradia luz e vida. Restaura a dignidade humana. “Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios”. (Mc 1,29). Emocionante é a súplica de Jairo, de joelhos diante de Jesus: “Minha filhinha está morrendo. Vem e impõe as mãos para que ela seja salva e viva”. E assim aconteceu, Jesus tomou a mão da criança e disse-lhe: “Menina, levanta-te”. (Mc 5, 23.41)

Jesus de Nazaré, enquanto homem, teve sua vida e missão condicionadas aos limites do tempo e do espaço. Mas confiou aos seus discípulos(as) e Apóstolos(as) de ontem e de hoje o mandato missionário:

“Ide, eis que vos envio… curai os enfermos… ressuscitai os mortos… purificai os leprosos e expulsai os demônios”. “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”. (Mt 10, 7. 28, 20)

Pois bem, hoje como ontem sobram espíritos maus que fazem sofrer tanta gente. Não raro ouvimos alguém dizer: o demônio está solto. Quais seriam eles? A violência, fruto das profundas desigualdades sociais. O abismo entre as grandes riquezas e a vasta e profunda pobreza e miséria. O espírito impuro da corrupção que penetra e possui grande parte das instituições políticas, econômicas e até religiosas. O flagelo da fome de milhões de pessoas espalhadas pelo mundo afora. Lembremo-nos dos migrantes, dos refugiados; os Venezuelanos que chegam; e os moradores em situação de rua… O espírito mau que causa a morte de forma intencional através dos homicídios dolosos, latrocínios e mortes decorrentes de intervenções policiais.  Hoje em nosso País são mais de 62 mil por ano. É uma guerra. Às vezes, essas mortes levam a marca da crueldade. Quem morre? 54% jovens de 15 a 24 anos; 73% são pretos e pardos. Morrem também policiais.

Apesar de tudo, somos esperançosos e confiantes, que a vida suplantará a morte, a luz dissipará as trevas, o amor vencerá o ódio. Deus age na história pela mediação de homens e mulheres de boa vontade e de consciência reta; instituições que lutam pela paz, justiça e pelo direito entre povos e nações; igrejas e religiões que promovem a vida e defendem a dignidade humana, a integridade da criação, e a casa comum, a mãe terra.

Durante o tempo da Quaresma que começa amanhã, quarta-feira de cinzas, rezemos com toda Igreja:

Deus e Pai
derrama sobre nós o Espírito Santo,
para que, com o coração convertido,
acolhamos o projeto de Jesus
e sejamos construtores de uma sociedade
justa e sem violência,
para que no mundo inteiro cresça
o vosso Reino de liberdade, verdade e de paz.

Rezando a Palavra

Salmo – Sl 31,1-2.5.11 (R.7)

 R. Sois, Senhor, para mim, alegria e refúgio.

1Feliz o homem que foi perdoado*
e cuja falta já foi encoberta!
2Feliz o homem a quem o Senhor
não olha mais como sendo culpado,*
e em cuja alma não há falsidade!R.

5Eu confessei, afinal, meu pecado,*
e minha falta vos fiz conhecer.
Disse: ‘Eu irei confessar meu pecado!’*
E perdoastes, Senhor, minha falta.R.

11Regozijai-vos, ó justos, em Deus,
e no Senhor exultai de alegria!*
Corações retos, cantai jubilosos!R.

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