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A Fraqueza de Deus | Pe. Nadai

Durante a semana passada, de dois a cinco de julho, todo o presbitério de Campinas, cerca de noventa padres, juntamente com o Sr. Arcebispo Dom Airton José, estivemos reunidos em São Pedro, SP, para o retiro anual, orientado por D. Nelson Westrupp, Bispo da Diocese de Santo André. O retiro espiritual é uma prática antiga […]

12/07/2012

Durante a semana passada, de dois a cinco de julho, todo o presbitério de Campinas, cerca de noventa padres, juntamente com o Sr. Arcebispo Dom Airton José, estivemos reunidos em São Pedro, SP, para o retiro anual, orientado por D. Nelson Westrupp, Bispo da Diocese de Santo André. O retiro espiritual é uma prática antiga na formação e no exercício do ministério pastoral dos padres. Aliás, segundo a sabedoria bíblica, debaixo do céu há momento para tudo e tempo certo para cada coisa. Nossa vida, com efeito, é medida pelo tempo cronológico e marcada pelo tempo de Deus, o Kairós, isto é, o tempo da graça derramada sobre nós; da benção que nos protege e da luz do Espírito que nos ilumina!

Quem de nós não necessita, mesmo na escuridão segura da fé, de uma luz que nos oriente e aponte uma saída?!

O retiro, como o próprio nome diz, consiste num recolhimento e em certo distanciamento de nossos afazeres cotidianos, de tal modo que facilite e favoreça a paz de espírito e a oração. Assim, durante esses dias tivemos largos momentos para a oração pessoal, para a leitura orante da Bíblia, a meditação e contemplação, caminhando pelos jardins floridos entre árvores, que, naturalmente, atraem nosso olhar para o alto e o arremessam para o infinito, ou de joelhos na capela ou sentados no silêncio do próprio quarto.

Além da oração pessoal, temos a oração das horas, de manhã, ao entardecer e à noite, feita em forma comunitária. Ponto alto do dia é a celebração da Eucaristia. Todo o ambiente da casa propicia uma convivência alegre e fraterna, de modo especial nas refeições.

Importantes são também as palestras do orientador ou pregador do retiro, de conteúdo bíblico-teológico, espiritual e pastoral que questionam e enriquecem nossa vida pessoal e eclesial.

Esta tradição do retiro espiritual, vem dos Evangelhos que mostram Jesus de Nazaré, tantas vezes, buscando um lugar tranquilo e até simbólico para orar: deserto, montanha, horto, sinagoga, templo… Os evangelistas falam que Ele passava a noite em oração, despertando nos discípulos certo incômodo, curiosidade, admiração e desejo… “Senhor, ensina-nos a orar…” Foi assim que Jesus lhes ensinou a oração do Pai nosso…

Pelo “Pai nosso” podemos aprender a quem Jesus dirigia sua oração, qual o seu conteúdo, quais as suas preocupações e também seu realismo humano… “perdoai as nossas ofensas… não nos deixeis cair em tentação…” Jesus dirigia-se ao Pai como ao Abba, querido, amável, bondoso, misericordioso e cheio de compaixão. Como é consolador saber que fomos lembrados e contemplados na oração de Jesus diante do Pai, d’Ele e nosso. O mesmo olhar do Pai que repousa sobre Jesus orante, repousa também sobre nós, afinal somos filhos no Filho. A voz do Pai: “Este é meu Filho amado” ressoa em cada um de nós. Podemos até não ser bons filhos mas Ele sempre é bom Pai. O Homem é mesmo a fraqueza de Deus, que vai ao seu encontro, ora como bom pastor, ora como mãe amorosa ou pai misericordioso. (Lc 15) Deus toma o Homem pela mão para ensiná-lo a andar; acaricia-lhe o rosto e carrega-o ao colo como mãe e sobretudo, ama-o de coração (Os 11,1-11)

Muito perto de nós existe um local freqüentado por pessoas de todo o Brasil para fazer seu retiro espiritual no formato dos Exercícios Espirituais de Sto. Inácio de Loyola. Trata-se do Mosteiro de Itaici, no município de Indaiatuba. Verifique.

Pe. José Arlindo de Nadai

Paróquia Divino Salvador

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