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4o. Domingo da Quaresma | Homilia Pe. Victor – 10/03/13

Neste Domingo da Alegria o Pai nos acolhe com ternura impelindo-nos a assumir as mesmas atitudes com nossos irmãos.

9/03/2013

O amor incondicional de um Pai misericordioso

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Estimados irmãos e irmãs. Na caminhada rumo a Páscoa, atingimos o quarto estágio de nosso grande retiro. Á medida que os dias passam, e as festas se aproximam, aumenta nossa alegria. O Senhor nos acolhe e convida a tomarmos parte no banquete do seu amor misericordioso, deixar o nosso coração transbordar de alegria com a música da festa, com as coisas boas que aconteceram na convivência com as pessoas e a buscar no interior de nossa vida motivos para bendizer o Senhor.

Neste quarto domingo da Quaresma ressoa o convite de participarmos na alegria do Pai que, agora, por meio de Jesus Cristo, acolhe e salva os pecadores. O amor e a bondade de Deus libertam as pessoas de suas misérias, da solidão e do desespero. Para que isto aconteça, se faz necessário entrar na lógica do amor e da bondade do Pai que se revelam em Jesus. Alegra-te, Jerusalém! Reúnam-se, vocês todos que a amam, vocês que estão tristes, exultem de alegria!(Is 66,10-11).

A parábola da misericórdia de hoje é um convite a participarmos da alegria do pai, que através do Filho, Jesus, acolhe e salva os marginalizados, os que estavam perdidos. É introduzida pelo gesto de Jesus que senta à mesa e come com os pecadores. O filho mais jovem pede a parte da herança, geralmente dividida após a morte do pai; afasta-se e cai numa situacão de escravidão. Chega ao ponto mais humilhante, quando começa o caminho da volta, de abertura à Graça divina. Os gestos do pai que vê o filho chegando se enche de compaixão, corre ao seu encontro, abraça-o e o cobre de beijos, expressa o amor incondicional de Deus que não se cansa de esperar a volta de seus filhos. A dignidade do filho é restaurada, sendo revestido com a túnica, com anel nos dedos e sandálias nos pés; pois estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado. O Pai misericordioso acolhe com festa e vai ao encontro também do filho mais velho, incapaz de acolher e perdoar, porque julga e condena. Os dois filhos são chamados a participar da mesma felicidade e a vida plena em Deus. São impelidos a viver fraternalmente como irmãos, sendo misericordiosos como o pai é misericordioso.

A 1ª leitura mostra que o povo entra na Terra prometida cumprindo a promessa que o Deus da Aliança havia feito a Abraão. O dom da Terra doada pelo Pai a seus filhos, é celebrada com a festa da Páscoa da mesma forma como começou a caminhada de libertação no Egito. A 2ª leitura ressalta que a reconciliação realizada por Deus através da Vida, Morte e Ressurreição de Jesus, nos transforma em criaturas novas. Deus renova todas as coisas e nos torna embaixadores de Cristo na missão de construir um mundo de paz e fraternidade.

Neste Domingo da Alegria o Pai nos acolhe com ternura impelindo-nos a assumir as mesmas atitudes com nossos irmãos. Ele nos acompanha em nossa caminhada quaresmal como guiou o Povo até a Terra prometida. Em Cristo nos reconcilia e nos confia o Ministério da Reconciliação. Em Cristo não podemos mais dar espaço para divisões e rinchas, mas a alegria de uma vida fraterna deve sempre nos nortear em nossa caminhada. Portanto, se somos seguidores do Deus de Jesus Cristo, convocados a ser como o Pai misericordioso que acolhe com festa, ama de forma incondicional e vai ao encontro também do filho mais velho, que ainda é incapaz de acolher e perdoar, porque julga e condena.

Pe. Victor Silva Almeida Filho, vigário paroquial

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